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TUDO SOBRE: RESIDÊNCIA EM OFTALMOLOGIA

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Por: Beatriz Lopes, Bruno Lopes, Gustavo Araújo e Maria Clara

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Dr. Paulo Afonso Batista dos Santos, oftalmologista pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Professor da Faculdade de Medicina (UFBA), coordenador acadêmico do serviço de Oftalmologia do C-HUPES e Coordenador do Curso de Especialização em Oftalmologia da mesma Universidade

Oftalmologia é uma residência de acesso direto e que dura 3 anos. Atualmente são oferecidas 25 vagas para residência médica em Oftalmologia na Bahia. As áreas de atuação para o oftalmologista são muitas: Plástica ocular, Cirurgia refrativa, Oftalmopediatria, Doenças orbitárias, Problemas da retina, Doenças das vias lacrimais, entre outras.
Para saber mais sobre a residência em Oftalmologia, entrevistamos o Dr. Paulo Afonso Batista dos Santos, oftalmologista pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Professor da Faculdade de Medicina (UFBA), coordenador acadêmico do serviço de Oftalmologia do C-HUPES e Coordenador do Curso de Especialização em Oftalmologia da mesma Universidade. Confira:


FICAR OU NÃO EM SALVADOR?
“A única diferença importante entre Salvador e São Paulo é o acesso à tecnologia, que há em SP com muito mais facilidade. Mesmo num hospital público de São Paulo, consegue-se ter acesso muito mais fácil do que no HUPES. Em termos de especialistas ou preceptores e professores, a formação é a mesma. Tendo como referência a oftalmologia do HUPES, todos os professores têm especialização, e maioria tem mestrado e doutorado, sendo que a maior parte deles estudou em São Paulo e Minas Gerais. A maioria, após residência, também se especializou no exterior, geralmente EUA. Em termos de oftalmologia clínica, não diferimos dos grandes centros de São Paulo ou qualquer outro centro em outro lugar do mundo. Em termos de cirurgia, são realizadas, mas com as dificuldades que um serviço público tem, que não é restrito à Bahia, mas a todo o país. Mas em termos de formação, preceptoria e ensino, não existe diferença alguma”.
 
QUAL A ROTINA DO RESIDENTE?
“Nós temos uma vantagem aqui no Hupes: o curso de especialização de oftalmologia credenciado pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) que trabalha junto à residência do médico. Os residentes devem adquirir diferentes habilidades nos anos específicos da residência. Por exemplo, no primeiro ano, deve saber examinar o paciente e dar o diagnóstico, além de aprender técnicas cirúrgicas. Já no segundo ano, se aprende outros tipos de técnicas. O mesmo na residência de 3º ano. Mas todos estão no mesmo ambulatório examinando os mesmos pacientes, então todos os anos acabam se entrelaçando. As diferenças ocorrem, por exemplo, no sentido de que um residente do primeiro ano jamais fará uma cirurgia de catarata, que será realizada pelo residente de 2º ano ou 3º ano. O residente de 3º ano faz cirurgia de estrabismo, por exemplo. O residente do primeiro ano faz as pequenas cirurgias. Vamos fazendo isso de acordo com orientação do CBO. O residente que faz residência oficial e credenciada vai estar submetido às mesmas características e formado com as mesmas habilidades ao fim da residência”. 

QUAL O ANO MAIS DESAFIADOR?
“São homogêneos: é desafiador do início ao fim. Como nós temos uma orientação pedagógica para o residente, sabemos que os desafios serão os mesmos. Mas é claro que o primeiro ano, por estar entrando numa especialidade nova (principalmente os primeiros 3 meses) seja mais desafiador. Posteriormente, os residentes ficam mais confortáveis dentro da especialidade”. 

FAZER OU NÃO SUBESPECIALIZAÇÃO?
“Muito provavelmente a maioria dos residentes, terão que fazer uma subespecialidade. O acúmulo de conhecimento é muito grande, então é difícil ter um oftalmologista hoje que tenha domínio em todas as áreas ou subespecialidades da oftalmologia. São técnicas e equipamentos diferentes, cada vez mais sofisticados e complexos, então fica muito difícil saber sobre tudo. Isso não significa que esse subespecialista não consiga desempenhar a oftalmologia clínica geral, porque a formação como um todo é do oftalmologista clínico, com as habilidades cirúrgicas específicas aprendidas ao longo dos 3 anos. A subespecialidade é importante primeiro pelo acúmulo de conhecimento, domínio de novas técnicas e também pela exigência do mercado de trabalho”. 

COMO É O COMEÇO DA CARREIRA?
“Normalmente oftalmologia não trabalha com plantão, a não ser nos serviços que trabalham com urgência e emergência; em alguns serviços o oftalmologista fica de sobreaviso. Quanto à inserção no mercado de trabalho, se você for para o interior é fácil, se desenvolve muito bem. Nos grandes centros está cada vez mais difícil: para você competir, tem que ter um consultório muito bem montado, que demanda muito dinheiro”.

QUAIS AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DA ESPECIALIDADE?
“As vantagens são todas. A desvantagem está mais relacionada à essa inserção no mercado de trabalho, mas é algo que se vê em qualquer especialidade, inclusive na clínica médica. A oftalmologia é uma especialidade que consegue acompanhar todas essas mudanças do mercado e mudanças de abordagem, como em termos de telemedicina, por exemplo”.

DICAS PARA ESTUDANTES? 
“Que tenha, uma excelente formação clínica, e, assim que se formem, façam residência na área e já saia com seu título de especialista, que já é uma exigência do mercado. No CRM você tem que ter o RQE, e hoje em dia os convênios também pedem isso”. 

23/11

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