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TUDO SOBRE: RESIDÊNCIA EM CARDIOLOGIA

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Por: Anna Moreira e Júlia Farias

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Dra. Isabela Pilar, Cardiologista pelo Hospital Santa Izabel, residente em ergometria pelo instituto Dante Pazzanese (SP) e preceptora de residência de Cardiologia do Hospital Santa Izabel 

Cardiologia é uma residência que possui dois anos de clínica médica como pré-requisito e que dura dois anos. Atualmente são oferecidas 30 vagas para residência médica em cardiologia na Bahia. As áreas de atuação para o cardiologista são muitas, tanto em relação a exames como a subáreas. O cardiologista pode atuar em ergometria e reabilitação cardíaca, ecocardiogramas, ressonância cardíaca, eletrofisiologia, cardiogeriatria, cardiopatias congênitas...

Para saber mais sobre a residência em cardiologia, entrevistamos a Dra. Isabela Pilar, Preceptora da Residência de Cardiologia do Hospital Santa Izabel, que possui Residência de Clínica Médica no Hospital Geral Roberto Santos, Residência de Cardiologia na Santa Casa de Misericórdia da Bahia, Hospital Santa Izabel e Residência em Ergometria, com formação especializada em reabilitação cardiovascular, provas funcionais e métodos gráficos no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (São Paulo-SP). Confira:

 

FICAR OU NÃO EM SALVADOR?

“Fiz residência e sou preceptora do Hospital Santa Isabel. Então, na Bahia, para mim, lá é o melhor lugar disparado. Mas eu acho bacana fazer Cardiologia fora. Em São Paulo, por exemplo, os serviços têm um volume muito maior. Eu fiz meu R5, de reabilitação cardíaca, lá no Instituto Dante Pazzanese, e eu pude conhecer a instituição de perto. Existe um volume maior de pacientes e um volume maior da de contato com subespecialidades.

Enquanto nos hospitais de Salvador o rodízio de subespecialidades (hipertensão resistente, insuficiência cardíaca...) se restringe a apenas 2 ou 3 turnos por semana, no Instituto Dante Pazzanese e no InCor o residente tem esse ambulatório todos os turnos, de segunda a sexta, enquanto estiver rodando. Acho isso uma grande vantagem.

A empregabilidade é mais fácil para quem termina residência na mesma cidade onde vai morar, pela chance de fazer rede de contatos. Mas dá para se reinserir em outra cidade. Além disso, é possível fazer esses contatos iniciais cursando a residência em clínica médica, que vem antes da residência em cardiologia, na cidade em que você quer residir. Outra boa opção é reservar o mês de estágio opcional para essa cidade e mostrar interesse e competência”.

 

A INSERÇÃO NA RESIDÊNCIA EM CARDIOLOGIA E NO FELLOW (R5) É MAIS DIFÍCIL QUANDO O MÉDICO VEM DE OUTRA INSTITUIÇÃO?

“Depende da forma de seleção. No Dante Pazzanese, o processo de seleção para ecocardiograma é uma prova aberta, então a banca não terá uma predileção, já que é uma prova única. Mas já no InCOr, por exemplo, que pesa muito a entrevista, praticamente quem faz eco lá é quem fez também cardio.

Então depende como é a forma de seleção da instituição, se é apenas prova ou se tem peso de entrevista e análise de currículo, porque, se tiver, vai acabar pesando um pouquinho mais para quem é da instituição.

Mas isso não é impeditivo e eu falo pelo meu exemplo pessoal. Eu fiz Cardiologia aqui em Salvador e fiz meu R5 lá no Dante Pazzanese e lá a seleção para teste ergométrico era prova e entrevista. Uma coisa que me auxiliou foi optar por, no meu mês de estágio opcional da residência em cardiologia, fazer um estágio adicional lá nesse ambiente da ergometria onde queria fazer meu R5. Eu me apresentei, mostrei meu interesse e, quando fiz o processo seletivo, os professores já me conheciam e sabiam que eu havia me empenhado bastante no período que estava lá.

Acho bastante interessante usar o estágio opcional para conhecer o serviço que você quer ir, mas para também se apresentar para a equipe e os chefes. É uma grande possibilidade de porta de entrada. Outra coisa importante é ter um bom currículo. No meu caso, tinha artigo publicado, e isso foi um peso importante ao meu favor na entrevista”.

 

COMO É A ROTINA DO RESIDENTE?

“Um dos principais rodízios é o de enfermaria, no qual os residentes atendem pacientes que infartaram, que estão em tratamento de insuficiência cardíaca descompensada, avaliam pré e pós-operatório de cirurgia cardíaca... Ou seja, realizam o manejo do paciente que interna.

Existe também o rodízio de ambulatório, sendo alguns focados em determinadas doenças como: hipertensão resistente, insuficiência cardíaca e doença arterial coronariana. Há o rodízio em UTIs: coronariana e pós-operatório imediato de cirurgia cardíaca. Tem o rodízio de hemodinâmica, onde o residente irá vivenciar o procedimento de cateterismo cardíaco. Outros rodízios são: emergência, cardiopatia congênita e arritmia. Há também rodízios específicos de exames, como ecocardiograma, teste ergométrico, ressonância cardíaca e angiotomografia de coronárias e cintilografia miocárdica.

O primeiro ano de residência tem uma carga horária bem mais dedicada ao hospital, então é realmente de segunda a sexta o dia todo no hospital. A gente não tem plantão noturno, atualmente. Mas quando o residente está rodando na enfermaria, ele irá passar a enfermaria no final de semana também. No segundo ano da residência, a depender do rodízio que esteja, pode ter algum turno de folga. Isso alivia um pouco”.

 

QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS SUBESPECIALIZAÇÕES?

“Podem ser tanto com relação a exames, como em relação também a subáreas mesmo dentro da Cardiologia. Então em relação a exames tem o teste ergométrico, que a subespecialidade, o R5, é em Ergometria e Reabilitação Cardíaca. Na ergometria, a gente enfatiza alguns exames, como o teste ergométrico e a ergoespirometria. A Reabilitação Cardíaca é uma grande área de Cardiologia do Exercício.

O indivíduo pode se especializar também em Ecocardiograma, que é o mais conhecido, e dentro do Ecocardiograma ele pode fazer o transtorácico, que é o mais comum, mas tem também o ecocardiograma transesofágico e o ecocardiograma fetal. O indivíduo que se especializa em Ecocardiograma pode se especializar também em Doppler de Carótidas e Vertebrais, que é o Duplex Scan.

Uma outra área de exame é a Ressonância Cardíaca. Nessa subespecialidade, o indivíduo se forma em Ressonância Cardíaca e em Angiotomografia de Coronárias.

O indivíduo que se especializa em Arritmia, que na verdade o nome mais correto é Eletrofisiologia, pode ficar apenas no âmbito clínico, em que ele vai avaliar as arritmias do ponto de vista clínico e acompanhar os indivíduos que são usuários de marca-passo. Além disso, o indivíduo que faz Eletrofisiologia pode avançar na subespecialidade e ir para a parte invasiva, em que ele pode implantar marca-passo e fazer estudos invasivos, como o estudo eletrofisiológico.

Uma outra área de atuação é a Hemodinâmica. É aquele indivíduo que faz a especialização para aprender a fazer cateterismo cardíaco e também tem a possibilidade mais nova de fazer implante percutâneo de válvula cardíaca, ou seja, colocar válvulas cardíacas sem cirurgia cardíaca.

E existem áreas de atuação também dentro da parte clínica. Tem subespecialidade de cardiogeriatria; tem de cardiopatias congênitas, que é um outro mundo dentro da Cardiologia; o indivíduo pode se especializar em insuficiência cardíaca, existem ambulatórios especializados em insuficiência cardíaca; pode se especializar em doenças valvares”.

 

COMO É O COMEÇO DA CARREIRA?

“Não é difícil. Tem muita demanda clínica para atender em consultório, para fazer ecocardiograma, teste ergométrico... Mas é um mercado um pouco mais saturado do que outras áreas clínicas. Então, para que o cardiologista consiga ter um volume razoável de pacientes agendados no consultório, leva um pouquinho mais de tempo justamente porque tem muito cardiologista disponível no mercado”.

 

COMO FOI SUA ESCOLHA?

“Cardiologia era a área que eu mais gostava de estudar. Mas foi algo que fui descobrindo ao longo da residência em clínica médica. Durante a graduação, ainda não tinha uma predileção definida. Eu gostava muito de clínica médica e fiz questão de não ter pressa de querer me especializar ainda na graduação.

Foi ao longo da residência em clínica médica e só me decidi pela área no segundo ano da residência. Foi uma escolha feliz, simplesmente por amor, por ser a área que eu mais gostava de estudar, que mais me encantava e que mais me fazia brilhar os olhos”.

 

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